Parlamentares da bancada feminina do Congresso lançaram ontem (30), no Salão Negro da Câmara dos Deputados, a campanha Outubro Rosa contra o Câncer de Mama. Durante o evento, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou a redução das mortes pela doença na última década.
"Nos últimos anos, temos conseguido melhoras nos índices do tratamento bem sucedido contra o câncer de mama. De 2005 a 2009, a taxa subiu de 78% para 87%. Isso é resultado de uma intensa mobilização em todo o país e dos recursos aplicados", disse a parlamentar.
A deputada Elcione Barbalho (PMDB-AM), procuradora da Mulher na Câmara, falou sobre a importância de viabilizar o tratamento da doença no país. "Não adianta chamar a atenção para a doença e estar aqui nesse momento se não lutarmos por condições de tratamento. Não adianta detectar o câncer e não ter condições para tratar". Elcione também chamou atenção para a incidência da doença em homens.
"Tivemos, no ano passado, 14 mil mortes de mulheres, e em torno de 180 mortes de homens, pela doença. Um dos projetos que conseguimos aprovar foi o que garante a reconstituição da mama no momento em que é feita a mastectomia. Isso é uma lei, mas não é uma realidade, e temos que lutar para que isso seja uma realidade", disse Vanessa, referindo-se à Lei 12.802/2013, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer, quando houver condições médicas.
Na abertura do evento, parlamentares da bancada feminina foram até a rampa do Congresso Nacional e posaram para fotos em frente ao prédio, em seu primeiro dia com iluminação rosa. Durante a campanha, tanto o Congresso quanto os ministérios e outros prédios públicos de Brasília ficarão iluminados de rosa, para lembrar a importância da luta contra o câncer de mama.
Prevenção
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) orienta que todas as mulheres conheçam seu corpo e sempre que possível, seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, façam o autoexame das mamas. Segundo o Inca, não há técnica específica para a autopalpação e deve se valorizar a descoberta casual de pequenas alterações mamárias durante o toque.
De acordo com o instituto, há elevado percentual de cura quando o câncer de mama é identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro.
Outras informações podem ser obtidas no site da entidade www.inca.gov.br/mama.
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