Não foi a chuva que impediu dezenas de milhares de pessoas (grande parte delas pensionistas) a manifestarem-se pelas ruas de Espanha neste sábado, exigindo "pensões dignas" enquanto criticavam as políticas do Governo de Rajoy. Segundo o El País, os milhares de cidadãos que não concordam com as pensões baixas marcharam por dezenas de cidades em todo o país - desde Madrid e Barcelona a Bilbau e às Canárias, em protestos organizados por sindicatos e grupos de cidadãos.
Os milhares que marcham pelas ruas vão entoando cânticos e exibindo cartazes enquanto seguram os guarda-chuvas. Chamam "ladrões" a quem lhes rouba o direito a ter uma reforma digna num dos cartazes, lê-se que "nem um voto" deve ir para quem não respeite as pensões, que dizem ser uma "miséria". "Avós, não estão sozinhos. Todos à luta", lê-se noutro cartaz, em Madrid.
Nas imagens partilhadas nas redes sociais, é possível ver a quantidade de pessoas que mostrou o seu desagrado nas ruas espanholas. Em causa está o aumento de 0,25% das pensões para 2018, tendo em conta que essa subida não acompanha o acelerado crescimento da economia espanhola.
Um relatório produzido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre as pensões espanholas, citado pelo El País, mostra que o número de pensionistas deverá aumentar, mas há outras variáveis a ter em conta quando se procura conseguir um sistema de pensões "sustentável", como a emigração ou o número de trabalhadores no activo e respectivos descontos.
A longo prazo, há dois cenários possíveis: ou os contribuintes passam a descontar mais, ou os valores das pensões baixa consideravelmente - para o FMI, nenhum dos cenários é aceitável. Existe ainda uma terceira hipótese, que implicaria um aumento do número de trabalhadores e mais descontos por quem ganha mais, sem que recebessem mais nas suas futuras pensões. Neste cenário, a chegada de cerca de 5,5 milhões de emigrantes - que representariam cerca de 12% da população espanhola - seria benéfica.
Portugal é um dos mais pobres
Em média, os cidadãos europeus reformam-se aos 63 anos, mas o valor que recebem de pensão varia muito de país para país. Como nota o jornal espanhol ABC, o valor vai dos "quase 1500 euros da Suécia aos escassos 400 euros de Portugal", o que faz com que "os reformados portugueses se encontrem entre os mais pobres da Europa", já que só recebem em média 434 euros por mês e não se podem reformar antes dos 66. Em Espanha, recebem em média 932 euros mensais e reformam-se por volta dos 64 anos.
Em Portugal, a idade normal de acesso à reforma vai subir um mês, conforme previsto, para os 66 anos e cinco meses, segundo confirmou o Governo nesta quinta-feira. Esta subida é calculada tendo em conta a esperança média de vida aos 65 anos entre o ano 2000 e o ano anterior ao do início da pensão, calculada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e o respectivo factor de sustentabilidade. É expectável que a idade da reforma seja cada vez mais tarde, o que já tem gerado algumas manifestações em países como a Itália e a Bélgica.
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