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Consórcio citado em fraudes da CDHU doou para tucanos

09/07/2007 | 2680 pessoas já leram esta notícia. | 2 usuário(s) ON-line nesta página

 

As empresas Tejofran e LBR, que montaram consórcio citado pelo Ministério Público de São Paulo nas investigações sobre supostas fraudes na construção de casas populares do governo de São Paulo, doaram R$ 243,6 mil para candidatos do PSDB ao governo e à Assembléia Legislativa nas três últimas três eleições. Veja reportagem completa na edição deste sábado da Folha (só para assinantes).

Do total doado pelas empresas, 93% destinaram-se aos tucanos. Candidatos do PT receberam R$ 7,2 mil (2,7%), e, do PDT, R$ 11 mil (4,2%), revela a reportagem de hoje da Folha.

A construção de casas populares é alvo de investigação da Promotoria de Justiça de Pirapozinho (SP). Os promotores apreenderam uma planilha da empresa FT Construções que indica, segundo eles, pagamentos ao deputado estadual e ex-secretário de Habitação do Estado, Mauro Bragato (PSDB).

Segundo a promotoria, o consórcio LBR-Tejofran fazia as medições das obras que possibilitavam os pagamentos à FT.

Processo

Composto, na maioria, por integrantes da base governista, o Conselho de Ética da Assembléia Legislativa de São Paulo deve decidir apenas em setembro se abre ou não um processo para investigar a participação do líder tucano, Mauro Bragato, em irregularidades na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Numa reunião que consumiu menos de dez minutos na tarde de ontem, o presidente do conselho, Hamilton Pereira (PT), informou oficialmente aos deputados sobre o pedido de abertura de processo.

Ele encaminhou a cada um dos outros sete deputados que integram o conselho -a oitava cadeira, do PR, está vaga- uma cópia das representações apresentadas pelo PT e pelo PSOL.

Como elas se referem a notícias veiculadas pela imprensa, uma comissão de três deputados será montada na semana que vem para, num prazo de trinta dias, buscar documentos que amparem a denúncia. Só então, o conselho se reunirá para decidir se o processo será instaurado. "Precisamos buscar documentos. Há provas? Por enquanto, as representações não apresentam. Há apenas menção à notícias de jornais", disse Hamilton Pereira.

 

Fonte Folha Online