O ano começou com o agravamento da crise hídrica por que passa o Distrito Federal. Os níveis das barragens, que tinham apresentado leve aumento no fim do ano, voltaram a cair e seguem em estado crítico. O reservatório do Rio Descoberto, que abastece cerca de 80% da população da capital, atingiu 21,55% da capacidade. No reservatório de Santa Maria, o segundo mais importante, a situação também é preocupante.
O nível está em 42,31%. O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, admite que a situação é alarmante. "O plano B é que vamos ter de entrar em um estágio com medidas mais drásticas, inclusive, com a prática do racionamento de água."
Uma das razões para a pouca chuva nesta época no Distrito Federal é que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Brasília está vivendo dias de veranico. Em dezembro de 2016, choveu 154,1mm, enquanto a média histórica do mês, entre 1961 e 1991, era de 246mm. Para o meteorologista do Inmet Luiz Cavalcanti, uma das causas desse fenômeno é a circulação predominante de massas de ar, criando bloqueios das frentes frias do Sul, como também das massas quentes e úmidas das regiões tropical e equatorial.
De acordo com Luduvice, a Caesb tem trabalhado em duas frentes: tanto no aumento da capacidade de produção de água, como na redução de perdas. "Fizemos um investimento no sistema Corumbá, em um total de R$ 275 milhões. O Governo de Goiás investe, em contrapartida, R$ 275 milhões. Nossa expectativa é que, até o fim de 2018, o sistema entre em funcionamento."
O presidente da Caesb também citou investimento no subsistema Bananal, na ordem de R$ 20 milhões, e que estará em condições de funcionamento em novembro de 2017. Segundo o presidente, esse subsistema vai reforçar o de Santa Maria. Ainda com relação à produção de água, informou que a captação do Crispim foi reativada e vai atender 20 mil moradores do Gama.
Outra preocupação do governo é quanto à redução das perdas. Luduvice disse que foram implantadas 150 válvulas redutoras de pressão para a otimização da distribuição de água, em substituição às redes antigas. Diante disso, ele ressaltou a importância da cooperação da população para o uso racional da água.
Futuro alarmante
Para o presidente do Comitê da Bacia Paranoá e pesquisador da Embrapa Cerrados, Jorge Werneck, a situação hídrica no DF não é nada confortável. Ele alertou que, caso Brasília entre na estação seca sem o reservatório cheio, no período entre maio e setembro, a população estará em um estado de altíssimo risco.
Para ele, neste momento crítico, é necessário fazer a gestão correta, tanto na oferta quanto na demanda da água, de forma a reduzir o seu uso e evitando quaisquer desperdícios. "Precisamos usar a água de forma adequada, racional e responsável." Werneck até ressalta a alternativa de utilização da água subterrânea, mas admite que não resolve o problema em larga escala. Para ele, a solução atual é mesmo "economizar o máximo que se puder".
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