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Cunha é "pecado original", diz Dilma sobre impeachment

28/04/2016 | 1277 pessoas já leram esta notícia. | 1 usuário(s) ON-line nesta página

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o "pecado original" do processo de impeachment contra ela e voltou a dizer que lutará até o fim para evitar sua destituição da Presidência.

Em discurso na cerimônia de abertura da Conferência Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, Dilma reafirmou que o pedido de impedimento contra ela, que agora está no Senado, é um "golpe" e classificou ainda a tentativa de tirá-la do cargo como um processo de eleição indireta "falsificado de impeachment".

Antes mesmo de Dilma chegar ao evento, os oradores falavam contra o processo de impeachment, cuja abertura foi aprovada pela Câmara dos Deputados, na semana passada, e agora está em discussão na comissão especial do Senado Federal.

Coros de "Não vai ter golpe, vai ter luta", "Fora Cunha" e "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma" eram entoados pelos presentes. Em uma das falas, algumas bandeiras dos movimentos sociais ligados aos diretos humanos foram enumeradas, como democratização da comunicação, criminalização da homofobia, educação inclusiva e reforma política.

Além de ministros de estado e deputados federais do PT, esteve presente a ex-ministra Ideli Salvatti, que hoje trabalha na Organização dos Estados Americanos e lembrou que a entidade manifestou apoio a Dilma. O evento marca o encerramento de quatro conferências temáticas, que debateram temas ligados à criança e ao adolescente, à pessoa idosa, à pessoa com deficiência e aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT).

A partir de hoje, começa a 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, que deve receber cerca de 6000 delegados de todo o país. Ao ser anunciado, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi ovacionado pelos presentes. "Ô Bolsonaro, vou te dizer, eu também cuspo em você", gritaram os manifestantes, minutos antes de Dilma chegar ao palco, numa referência à cusparada que Wyllys tentou dar no colega, durante a votação da autorização para o impeachment no plenário da Câmara.

Após a presidenta chegar, os delegados voltaram a entoar gritos como "Dilma guerreira da pátria brasileira" e "No meu país eu boto fé, porque ele é governado por mulher".

Fonte Terra