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Debatedora critica aumento da violência contra mulheres negras

17/11/2015 | 1389 pessoas já leram esta notícia. | 1 usuário(s) ON-line nesta página

A representante da União Nacional de Negros e Negras, Olívia Santana, afirmou que os números do Mapa da Violência mostram que o racismo é evidente na sociedade brasileira. Segundo ela, a violência contra mulheres brancas caiu 10% e a cometida contra as mulheres negras aumentou 53% em relação aos últimos dados. A debatedora participa, no Plenário da Câmara, de comissão geral sobre a realidade das mulheres negras, promovida por sugestão da deputada Dâmina Pereira (PMN-MG).

Olívia defendeu liberdade total para as mulheres negras exercerem sua liberdade religiosa, em terreiros de Candomblé, sem serem vítimas de atos de intolerância. "Nós temos direito, capacidade de exercer poder e participar de um projeto democrático de governo, das instâncias de decisão política", defendeu.

A representante do Movimento Negro Unificado, Ângela Gomes, afirmou que 300 mulheres estão desaparecidas após o desastre do rompimento da barragem da mineradora Samarco, ocorrida em Minas Gerais no último dia 5. "Foi uma tragédia prevista, uma negligência humana capitalista. Quem foram as vítimas? As mulheres negras que aguardavam seus filhos e seus maridos voltarem do trabalho", disse.

História
A Coordenadora Nacional de Mulheres do PPS, Raquel Nascimento Dias, defendeu que as mães negras valorizem a história dos negros para seus filhos. "Não deixe sua filha embranquecer pelas princesas dos olhos azuis. Fale das Dandaras dos Palmares, conte a história da etnia dela, porque isso só a fortalece ", afirmou.

Ela defendeu a implementação de políticas pública que sejam de Estado e não de governo. "Enquanto não pudermos empoderar nossa mulher para ter uma educação de igualdade digna, nós não teremos uma igualdade de fato no nosso País", disse Raquel.

O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) elogiou a Marcha das Mulheres Negras e afirmou que não existe outra forma de o País viver em um território livre que não seja por meio da luta organizada. "Que Brasília e o Brasil fiquem cada vez mais negros", afirmou.

Fonte Agência Câmara Notícias