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FHC depõe como testemunha do presidente do Instituto Lula

09/02/2017 | 1074 pessoas já leram esta notícia. | 2 usuário(s) ON-line nesta página

Ex-presidente foi arrolado como testemunha de defesa por Paulo Okamotto. Moro começou audiências de processo envolvendo Lula

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) depôs no Fórum Ministro Jarbas Nobre, da Justiça Federal em São Paulo, nesta quinta-feira (9) como testemunha em processo da Lava Jato.

FHC foi arrolado como testemunha de defesa pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e falou por cerca de uma hora em audiência via videoconferência com o juiz Sérgio Moro, de Curitiba. Os advogados também puderam fazer perguntas às testemunhas. Além de Okamotto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais cinco pessoas são rés no mesmo processo que envolve o triplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

Na sequência, foi a vez de Heitor Pinto e Silva Filho, ex-reitor da Uniban, depor como testemunha no Fórum. Ele foi chamado para falar sobre um convite que fez ao ex-presidente Lula para fazer um museu em um andar da Universidade, em São Bernardo do Campo.

"Fui chamado pra demonstrar que nós ofertamos ao ex- presidente Lula, um local onde ele pudesse deixar o legado do histórico dele quando exerceu mandato de presidente por duas vezes. Eles foram visitar lá e acharam que o espaço não era viável. O espaço era pequeno para o legado do Lula" , disse o ex-reitor.

Depois de FHC e Heior, será a vez de Danielle Ardaillon, seguida por Valentina Karan , Emerson Granero e Jair Saponari.

O juiz Sérgio Moro, que é responsável pela Lava Jato na primeira instância, começou as audiências de defesa do processo penal que envolve o triplex nesta quinta.

A denúncia, que foi aceita em setembro do ano passado, abrange três contratos da OAS com a Petrobras e diz que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagas a Lula. Para os procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a propina se deu por meio da reserva e reforma do apartamento triplex, em Guarujá, e do custeio do armazenamento de seus bens.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a OAS pagou por cinco anos (entre 2011 e 2016) R$ 21,5 mil mensais para que bens do ex-presidente ficassem guardados em depósito da empresa Granero. Os pagamentos totalizam R$ 1,3 milhão.

Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta ação penal, que é a segunda a qual ele responde pela Lava Jato.

Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Lula estão ex-ministros como Alexandre Padilha, Ricardo Berzoini, Tarso Genro, Gilberto Carvalho, Aldo Rebelo e Jaques Wagner.

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli também está entre as testemunhas arroladas pelos advogados de Lula. As oitivas com as testemunhas de defesa devem se estender até março deste ano. Ao todo, 70 testemunhas de defesa incluindo outros réus que respondem à esta mesma ação penal, foram arroladas.

Fonte G1