Apesar de pedir um prazo maior para concluir as investigações, o relatório parcial entregue pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta segunda-feira (19/6), aponta que houve corrupção passiva nas ações praticadas pelo presidente Michel Temer e pelo ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures. Esse é um dos pontos sobre os quais o presidente é investigado. A outra apuração - obstrução de Justiça - não terminou ainda porque depende da perícia dos áudios gravados por Joesley Batista, dono do grupo JBS.
São ao todo quatro áudios, um deles da conversa do empresário com o presidente, no Palácio do Jaburu, em 7 de março. O relator do processo, ministro Edson Fachin, havia definido que o inquérito deveria terminar ontem. É a segunda vez que a PF pede mais prazo para analisar os áudios, alvos de uma disputa acirrada entre a defesa do presidente Temer e a Procuradoria-Geral da República. Os advogados do presidente afirmam que o material foi editado e que, por isso, não deve ser considerado como prova. O procurador Rodrigo Janot e o próprio Fachin admitiram o material como parte do inquérito que tramita no STF.
Mais cedo, Janot manifestou-se contra um pedido de arquivamento de inquérito feito pela defesa do presidente Michel Temer, que alegou não haver indícios mínimos necessários para que possa vir a ser feita uma denúncia contra o peemedebista. Para Janot, não era possível qualquer manifestação - pela denúncia ou pelo arquivamento - sem a conclusão das investigações da Polícia Federal.
O procurador afirmou que terá um prazo de cinco dias para oferecer a denúncia ou para pedir arquivamento, de acordo com Regimento Interno do STF, a partir do recebimento da peça informativa encaminhada pela autoridade policial. Esse tempo, contudo, é variável. Janot pode até mesmo apresentar a denúncia antes do material da PF, caso enxergue riscos de o pedido de prisão de Rocha Loures perder a validade.
A princípio, Janot apresenta a primeira denúncia contra o peemedebista na próxima semana. Temer já acertou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o recesso parlamentar poderá ser suspenso para que os deputados analisem mais rapidamente o pedido de investigação. O Planalto considera ter os votos necessários para barrar o processo.
Mas Janot poderá segurar esse ritmo, segundo apurou o Correio. O primeiro é a espera por fatos novos como, por exemplo, a delação do doleiro Lúcio Funaro. Além disso, em julho, o Judiciário - e, consequentemente, o Supremo - entram em recesso, o que retardaria para agosto o encaminhamento, pelo Supremo, do processo para a Câmara. Dessa forma, segundo interlocutores de Janot, os parlamentares estariam mais tempo sob pressão de suas bases eleitorais e poderiam ficar menos dispostos a bloquear a abertura de investigação contra Temer.
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