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Leilão de aeroportos nesta quinta-feira pode não ter candidatos

16/03/2017 | 864 pessoas já leram esta notícia. | 2 usuário(s) ON-line nesta página

Algumas corporações credenciadas a arrematar as concessões de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza anunciaram que não participarão do certame

Apesar de vários grupos terem estudado o edital, a lista de candidatos aos aeroportos que serão leiloados nesta quinta-feira (16/3) - Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza - minguou ao longo da semana. Corporações credenciadas a arrematar as concessões anunciaram que não participarão do certame. Se os especialistas já não apostavam em ágios significativos, agora, tampouco esperam muita concorrência. E há quem não descarte a possibilidade de sala vazia nos terminais do Sul, sobretudo, no da capital gaúcha.

O governo espera arrecadar R$ 3 bilhões com as concessões, dos quais, 25% à vista, sem contar eventuais ágios. Os vencedores terão que investir R$ 6,6 bilhões ao longo de 30 anos. Apenas para Porto Alegre, o prazo é de 25 anos. Nas concessões mais recentes, os ágios chegaram a 373% em Guarulhos (SP), a 673% em Brasília e a 294% no Galeão (RJ). "As condições mudaram. Aquela euforia e os lances irrealistas não vão se repetir", disse Cláudio Frischtak, presidente da consultoria InterB. "Não há mais empreiteiras à frente do processo. Haverá menos competição", afirmou. "Para Porto Alegre, podem nem aparecer interessados."

Quatro grupos desistiram de participar dos leilões: a CCR em parceria com a suíça Zurich, a espanhola OHL, o Pátria Investimentos e a argentina Corporación América, controladora da Inframerica, concessionária do Aeroporto Juscelino Kubitschek. "As operadoras estrangeiras que ainda estão no páreo são as alemãs AviAlliance e Fraport e a francesa Vinci", disse Adyr Silva, especialista em aviação civil.

O leilão ocorre na Bolsa de Valores de São Paulo e, desta vez, as regras permitem que um mesmo grupo arremate dois terminais, desde que em regiões diferentes. Para atrair o capital estrangeiro, o governo criou mecanismo que reduz o risco da variação cambial de empréstimos contratados em dólares.

Fonte Correio Braziliense