Eliana Calmon acordou cedo em Salvador para fugir do trânsito e embarcar para Brasília na última quarta-feira. Era o fim das férias na cidade onde mora em frente ao Farol da Barra. Aos 72 anos, a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda recebe telefonemas com queixas de magistrados. "Olha, agora sou só advogada", explicou a uma senhora da Bahia que lhe telefonava com um problema na Justiça do Trabalho, horas depois de voar e chegar a um confortável apartamento na Asa Sul.
Ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e candidata derrotada a uma vaga no Senado pelo PSB em 2014 - um convite de Marina Silva (Rede) e do ex-governador pernambucano falecido Eduardo Campos - , Eliana quer distância da política. O objetivo agora é "ganhar um pouco de dinheiro" para dar condições aos netos de morarem fora do país. "Qual a expectativa?", justifica. Para ela, o país está no fundo do poço. "Os partidos são uma espécie de clube, onde têm as cartas marcadas: fundo partidário, secretarias para aquela meia dúzia que funciona em torno do partido."
Em conversa com o Correio, a ministra nega ser do Judiciário a maior parcela da culpa do colapso no sistema carcerário brasileiro, embora reconheça entre os motivos para o caos a morosidade das decisões - e não as decisões por prisões provisórias - e a falta de magistrados e promotores que inspecionem presídios regularmente.
Apesar da instabilidade econômica e política e das revelações da Operação Lava-Jato que envolvem peças-chaves do governo federal, Eliana defende a permanência de Michel Temer no poder até o fim do período de transição, em 2018. Na opinião dela, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve separar as contas de campanha da chapa dele das da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2014, por exemplo, ela foi pessoalmente pedir a Emílio Odebrecht doação para a campanha ao Senado. Quanto ao melhor candidato para 2018, Eliana considera Marina Silva "muito rígida e séria", mas sem condições de gerenciar o país em um momento como este.
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