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Parcerias com ONG podem facilitar promoção dos direitos humanos, mostra estudo

12/11/2008 | 1848 pessoas já leram esta notícia. | 2 usuário(s) ON-line nesta página

Parcerias com organizações não-governamentais podem criar estratégias eficazes na promoção dos direitos humanos, principalmente no combate a práticas culturais que prejudicam determinados grupos, como a mutilação genital feminina. É o que sugere o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2008, divulgado na íntegra hoje (12) pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa).

O relatório lembra que a construção cultural influencia a maneira como as pessoas vivem e, portanto, afeta o modo de agir e de pensar da sociedade, mas não faz com que todos ajam da mesma forma. A entidade classifica como “arriscado” o ato de fazer especulações sobre as culturas e como “particularmente perigoso” julgar uma cultura pelas normas e valores de outra.

A publicação destaca que o desenvolvimento cultural deve ser um direito assim como o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social, e que uma abordagem sensível às diferenças culturais é considerada “essencial”.

O texto adverte, entretanto, que a sensibilidade cultural e o engajamento não significam aceitação de práticas tradicionais que afrontam os direitos humanos.


“As abordagens sensíveis às diferenças culturais devem alcançar todas as comunidades, incluindo os grupos marginalizados dentro dessas comunidades. Não é um processo imediato ou previsível. O desenvolvimento humano com a plena realização dos direitos humanos depende de um engajamento sério e respeitoso com as culturas.”


 

Paula Laboissière

Fonte Agência Brasil