Uma reforma da carreira para os profissionais da educação, incluindo melhorias salariais, é a principal mudança para melhorar o ensino no país. Esta é a opinião de 94% dos 8 mil professores entrevistados pela pesquisa A Qualidade da Educação sob o Olhar do Professor, da Fundação SM e a Organização dos Estados Ibero-Americanos.
“Hoje é muito difícil o professor ter uma carreira que o valorize e dê perspectivas para o futuro. Isso porque os planos de carreira sofrem, a cada mudança de governo, intervenções ao sabor da política que aquele governador ou prefeito acha que deve ser”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.
Para ele, o projeto de lei que estabelece diretrizes nacionais para a carreira docente, que hoje tramita no Congresso Nacional, pode ser decisivo para mudar o cenário. “É um debate importante. Precisamos de normas que passam, por exemplo, por ingresso na carreira por concurso público, um processo claro de progressão e a possibilidade de atualização constante desses profissionais”.
Mais de 80% dos entrevistados Outras quatro mudanças também foram bastante defendidas por mais de 80% dos professores: oferecer um ensino médio profissionalizante de qualidade no país, ampliar a oferta de educação infantil pública, incorporar ao currículo disciplinas sobre cidadania e direitos humanos e reformar o ensino médio, com a possibilidade de oferta de disciplinas comuns e optativas.
Outras propostas de mudanças estruturais e administrativas da educação no país aparecem na lista de propostas importantes para a melhoria da educação. Entre elas organizar o ensino fundamental em anos em vez de ciclos e a criar um único exame vestibular por estado, cuja nota serviria para o acesso a todas as instituições de ensino superior.
A professora Érika Pereira, que dá aula para estudantes no ensino fundamental em uma escola de São Miguel Arcanjo, no Rio de Janeiro, acredita que só uma reforma na carreira não é suficiente. “Uma política salarial para o professor não basta. É preciso mexer em toda a estrutura educacional, por meio de uma política social e uma reforma administrativa geral”, defende. Ela acredita ainda que a erradicação do analfabetismo, principalmente o que ocorre entre as crianças que estão na escola, é a medida principal para melhorar a qualidade do ensino.
Para Igor Mauro, presidente do Grupo SM, responsável pela pesquisa, os resultados apontados pelo estudo são positivos, apesar dos problemas. “A gente vê que a luz no fim do túnel existe. Agora o que falta é encontrar caminhos concretos. Pior seria se os professores achassem que não há maneiras de transformar a educação”, avalia.
Amanda Cieglinski
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