A Uber é a terceira empresa a ser liberada pela prefeitura para oferecer corridas a passageiros em São Paulo. A decisão será publicada no Diário Oficial da Cidade desta terça-feira (19). Principal motivador do decreto da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) que liberou o transporte individual privado de passageiros, o aplicativo sai atrás da espanhola Cabify e da brasileira Easy Táxi, que lançou seu "Easy Go" na semana passada.
A empresa decidiu transferir para o passageiro a taxa de R$ 0,10 cobrada pela prefeitura para cada quilômetro rodado. O porta-voz da Uber no Brasil, Fabio Sabba, afirma estimar que o impacto dessa cobrança extra será reduzido. "Para que a tarifa aumente R$ 1 no final, o passageiro terá de percorrer ao menos 10 quilômetros", explica. A taxa da prefeitura - uma outorga pelo uso do viário urbano para o serviço de transporte individual - virá descrita no recibo que a Uber envia para o cliente por e-mail, separada do valor do serviço, pagos à empresa e ao motorista.
A tarifa da prefeitura será cobrada apenas no trecho de São Paulo. Em viagens que cruzam distâncias maiores, como da capital para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, quando o carro deixar o município, o aplicativo saberá, pelo GPS, que deverá deixar de fazer a cobrança extra.
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Para Sabba, não houve demora em regulamentar a empresa. "Os textos da prefeitura ainda estavam saindo, e tínhamos de esperar. Mas é lógico que queríamos operar de acordo com as regras. São Paulo é a primeira empresa em que o Uber opera sob esse tipo de regulamentação em toda a América Latina", disse.
Há duas semanas, Rodrigo Pirajá, diretor-presidente da SPNegócios, empresa da prefeitura à frente da regulamentação dos aplicativos de transporte, havia informado que, no caso da Uber, havia algumas dificuldades técnicas para a adequação dos sistemas.
Dados
A regulamentação da Prefeitura de São Paulo prevê que o poder público tenha acesso aos dados sobre número de viagens, total de carros e tarifas instantaneamente, para que possa cobrar a tarifa de R$ 0 10 por km e também verificar se o limite de quilômetros que as empresas de aplicativo podem rodar está perto de ser atingido. Esse limite é de 27 milhões de quilômetros por mês, ou o equivalente ao que 5 mil táxis percorrem.
Segundo a prefeitura, há ainda uma empresa em processo de cadastramento. A expectativa dos técnicos da gestão Haddad é de que uma quinta companhia também entre no mercado paulistano. A cota de quilômetros que os aplicativos serão autorizados a rodar poderá mudar caso se note que os índices de trânsito estão aumentando ou diminuindo.
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Cabify
A primeira a obter a liberação da prefeitura foi a espanhola Cabify. A empresa oferece sistema de cobrança distinto do utilizado pelo Uber na formação dos preços. Os usuários pagam somente por quilômetro rodado, excluindo da conta o tempo de permanência no veículo.
Ao pegar congestionamentos, o usuário do aplicativo não paga pelos minutos que permanecer parado. O serviço também se difere do Uber ao não contar com a tarifa dinâmica - quando os preços das corridas ficam mais caros por região onde há maior demanda.
Easy Táxi
A Easy Táxi foi a segunda empresa a ser liberada. A empresa abriu cadastro para receber motoristas desde o dia 11 e deve começar a oferecer as corridas até o próximo dia 25. A opção de carro particular estará no mesmo aplicativo. A função se chamará "Easy Go". Assim, o passageiro poderá escolher se quer táxi preto, táxi comum ou carro particular, no momento da corrida.
WillGo
Ainda sem autorização da prefeitura, a WillGo começou a operar oficialmente no final de abril em São Paulo. Com funcionamento similar ao da Uber, a empresa indiana oferece uma frota diversificada de veículos, que inclui, além dos modelos populares e de luxo, utilitários, blindados e motos, para serviço de entrega de documentos e pequenos objetos.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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